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À Rosa, cuja ausência se faz sentir
na curiosidade que me acompanha e,
porque não creio na vida após a morte,
na tristeza,
pois lá lhe diria que sou sua neta
e, finalmente, ensinar-lhe-ia a ler e a escrever.
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˜”*°•.˜”*°• A exaustão, a nostalgia, a overdose, a depressão, todas elas grandes tecedeiras (e sintomas de um regime destrutivo) do século XXI, potenciam-se através de um espelho negro. Este espelho é uma prótese de pequena escala que tem vindo a acompanhar muitos dos nossos corpos.
Terras ocupadas pelo ser humano foram engenhosamente cobertas por redes que criam mundos online. Vivemos no ciberespaço, onde as imagens circulam e constroem um léxico adivinhatório dos tempos por vir. São catalisadoras de políticas afectivas intra e intersubjectivas, reconfigurando-as a determinadas correntes estéticas.
E de que modo estas correntes interpretam o mundo?
E como se traduzem no mundo offline?
A partir do material discursivo e imagético, as diferentes comunidades cibernéticas evocam o futuro, contaminando-o, regenerando-o.
O olho ciclópico propõe a sua dissecação.
Criemos, então, um glossário vivo que ausculte futuros não-lineares e não-apocalípticos, que semeie a imaginação radical como ferramenta emancipatória de mundos diversos e justos. •°*”˜.•°*”˜